"...Com 46 anos, eu me via subalterno, suportando meu chefe. E nada me fazia esquecer que ele tinha 38 anos, uma mulher espetacular, um carro que eu nem sabia pronunciar o nome e grana pra comprar meus filhos e ainda levar minha mulher de troco. Era ultrajante! Enfim, deu pra sacar a grande roubada que era minha vida nessa época. O que eu não sabia era que a vida reservava um presente pra mim. Um presentinho de dezenove anos que entrou no escritório às onze e cinquenta da manhã procurando por seu pai. Eu lembro pois tinha acabado de conferir se já era hora do almoço. Ela usava um vestido curto, porém largo, pequeno e esvoaçante, colorido, bastante simples. Um cabelão bem dourado, pele branquinha e um rostinho de ninfeta..."
Continua...
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